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O Suposto e o suporte

O grafite está inserido no dia-a-dia dos espaços urbanos, em maior número nas grandes cidades do mundo, e cada vez mais se legitima como uma manifestação artística que rompe com padrões estéticos. Além disso, cada vez mais o grafite é discutido e incluído em diversos espaços sociais, deixando a marginalidade e ganhando foco em discussões.

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Objeto de democratização da arte, devido às suas ações muitas vezes descomprometidas com questões espaciais ou mesmo ideológicas, o grafite utiliza a cidade como suporte. Sua natureza parece efêmera, abordando temas desde a crítica social, política e econômica, sendo, muitas vezes, desprovido da ideia de consumo, tornando-se acessível para o público transeunte. Ao mesmo tempo, é comum ser incorporado pelos espaços de instituições culturais, museus e galerias de arte.

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Porém, as obras, ao serem apresentadas no espaço público, geram um diálogo a partir do local em que estão inseridas. Assim, a interação com uma obra pode gerar um tipo de leitura se ela estiver exposta em uma galeria e outro se estiver estampada em um muro de uma escola pública na periferia da cidade de São Carlos, como é o caso da imagem acima. O poder do espaço como suporte é tão grande que, até mesmo aqui, nesta plataforma, ela gera outro tipo de leitura.

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