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Do ser, um ato político

A política é, e sempre foi, parte intrínseca da vida. É atuar intencionalmente de maneira a manter ou transformar uma sociedade nos mais variados níveis. Porém, uma ação de transformação não é por si só política. Opor-se ao status quo ou à lei simplesmente não se caracteriza com ato político. É necessário algo mais denso e profundo, é preciso ser plural, é preciso diálogo e sobretudo intenção. Assim como o autor, o interlocutor atribui ao ato uma intenção política que pode ser igual ou diferente da intenção projetada pelo autor.

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É óbvio o estilo de vida de lógica pretensamente democrática que vivemos, porém é marcada por diversas contradições. As decisões importantes de cunho político e social ocorrem bem longe da realidade e da participação popular. Um artista urbano, quando se joga entre ruas e paredes do labirinto polifônico que são as cidades e, ao tomar o poder  da inserção de signos no universo da comunicação urbana, resgata ao cidadão comum o direito de voz, que cada vez mais está concentrado nos veículos institucionalizados.

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A política transborda as instituições. Está enraizada no dia a dia, em nossa postura, em nossos posicionamentos e relações. Dentro da linguagem e da cultura, o homem é político e ponto.

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